Sobre o tema Maioridade Penal.

Como já dizia o filósofo Thomas Hobbes (1588/1679) “O Homem é o Lobo do Homem”.
Diante de tal reflexão é possível compreender que o homem é possuidor de uma natureza selvagem e predadora. Quando se deixa agir pelo instinto seus atos são cruéis e impiedosos.
Por outro lado, podemos pensar que nenhuma pessoa nasce boa ou má, até porque durante um certo período da vida não se consegue distinguir o bem do mal.
Na concepção Darwinista e Marxista diante da teoria da evolução, dispõem que: “na luta pela existência os fortes tendem a predominarem sobre os fracos diante da sobrevivência”. Ora, é fato que a vida humana é uma batalha permanente, todavia, estamos vivendo momentos de atrocidades, onde se rouba e se mata, não somente, pela garantia da sobrevivência, mas, por motivos fúteis e torpes.
É lamentável assistirmos, quase que cotidianamente, cenas de plena crueldade e impiedade de adolescentes infratores contra suas vítimas.
Diante de tal cenário, um lado da trincheira social diz que os atos de perversidade não diminuirão com a aplicabilidade legal da maioridade penal, o outro lado, acredita-se que somente com punição de maior rigor irá intimidar a propagação de atos selvagens e predadores. Quem estará com a razão? Qual o lado da sociedade que tem a melhor forma de lhe dar com tal natureza?
Eu do meu lado aprendendo a ser louco (diferente), vejo que os dois lados carecem de eficácia proposital, pois, já dizia Karl Marx “O ser humano é produto do meio”, na essência de sua filosofia entende-se que o homem é produto do meio em que vive, isto posto, penso que não é castigando mais ou menos que se conseguirá domesticar alguém, até porque não se trata de animais irracionais. Sendo esses, adolescentes infratores, produto do meio em que vivem, logo é o meio que deve ser mudado. Devemos acabar com a hipocrisia do faz o que eu mando, mas, não faça o que eu faço, ou seja, de que adianta uma sociedade que prega que roubar é crime, sendo que, os maiores crimes patrimoniais e contra a vida são cometidos por aqueles que estão no comando do país, e não por outra razão deveriam ser exemplos de boa conduta social. O que adianta eu ensinar para o outro que corrupção é crime , sendo que na primeira oportunidade em que for flagrado num ato ilícito tento corromper o agente fiscalizador?
Neste sentido, vejo que a sociedade está vivenciando a crise de Frankstein, ou seja, a criatura está se voltando contra seu criador. O que fazer, destruí-la ou tentar domesticá-la? Acredito que o melhor caminho é humanizá-la com gestos, atos e bons exemplos, principalmente de quem está a frente!
As pessoas se permitem mudarem. Ninguém muda ninguém!
Para o momento é o que tenho a dizer.

Parabéns!! Excelente iniciativa...Vamos divulgar e fazer deste espaço, lugar de crescimento e boas vibrações!!
Um abraço

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